Vasco Martins Arco

O Arco, situado na Praia do Norte na ilha de Vicente, foi mandado erigir por Vasco Martins em 1998, e inaugurado no dia 21 de junho, dia do Solstício de Verão do mesmo ano. Teve a assinatura de Anildo Silva e construíram-no 5 pessoas sob o controlo do mestre pedreiro Armando do Norte. Demorou 6 dias a ser feito. A sua forma final deveu-se a uma armação de madeira que foi buscada numa casa em construção no Calhau. Daí a sua forma estranha de ‘arco etrusco’. Teve um primeiro nome de ‘Apeiron’ que é um conceito do filósofo grego Anaximandro (2500 a.C.) que significa o ‘indefinido’ . Atualmente é chamado simplesmente ‘Arco’. Em 2017 desabou. Foi reconstruído pelos ‘Amigos do Arco’ e reinaugurado em dezembro de 2018 no dia 21, de novo no dia do solstício. Feito para durar pelo menos meio século.

O Arco está virado para o Sol Nascente. No dia 1 de janeiro o Sol nasce no meio. Fica a 33,33 metros acima do mar, segundo medição GPS do Almirante Dos Ventos François Gui. É um símbolo ao mesmo tempo introspetivo como expansivo. Tem também o significado de um portal cósmico. Representa essencialmente a Música como um caminho espiritual ascendente e é uma referência não só local como nacional e internacional.

Os concertos no ARCO

A partir de 2017 Vasco Martins começou a fazer anualmente concertos no Arco, com uma produção simples e despretensiosa.

Os concertos pretendem ser espirituais. A posição Este (‘nascer’ do Sol, da Lua, das Constelações, em suma, do Universo) a constância dos ventos, marés e ondulações de Nordeste (Cabo Verde é um país do Nordeste), a construção mística e emblemática do próprio Arco, propõem ao espírito do auditor um ambiente favorável à absorção cósmica e à criação benéfica de energias positivas, estimulando a imaginação. O Oceano Atlântico ajuda essa simbiose, esse contraponto entre o ser humano e os elementos-ilha.

Em cada concerto Vasco Martins apresenta temas novos, que são expandidos durante os concertos, para tentar estar em sintonia com o fluir do espaço-tempo que é inerente às forças universais de expansão e portanto, ao próprio ser humano.

Concerto 2018